A experiência de estar me mudando para uma cidade nos arredores de SP me fez refletir muito no meu maior ponto falho hoje: roupas!
Já chegou a ter um debate sobre isso de como as pessoas criam 'necessidades de consumo artificiais' - no caso dos cosméticos o maior gerador de consumo que eu vejo nos blogs convencionais é o tal do cronograma capilar, que quem veio para o lado verde da força concorda que não funciona... álias ele só funciona por maquiar o cabelo com petroquímicos e silicones, pois sim - as fórmulas dos mais indicados para o cronograma era tão somente isso... quando isso chegou no auge, acabei sendo inserida num grupo do facebook, enquanto estava tentando liquidar com o que tinha em casa, incluso produtos Kerastase, que basicamente era parafina e silicone... caso você que estiver lendo isso agora seja do mundo convencional, nenhuma moça que troca idéias comigo sobre cosméticos naturais e orgânicos concorda que cronograma capilar funciona, e que uma simples umectação com óleo de coco substitui a mais cara das máscaras do mercado - e tudo isso sem poluir o planeta...
E ainda no setor de cosméticos: ter vindo para o lado verde da força me forçou a consumir o extremamente necessário, uma que a validade dos cosméticos é menor e outra que com os correios brasileiros sendo super eficientes #sqn me faz pensar dez vezes antes de comprar, e a própria dificuldade de encontrar bons produtos- então pelo menos nos cosméticos cheguei a um patamar de consumo consciente, amém!
Voltando ao meu ponto falho, as roupas - acredito que eu realmente caí no consciente coletivo paulistano, cujo modelo de como você é definido é pelo modo que você se veste... que eu tenho o guarda roupa entupído, sim tenho... e outra coisa que eu fazia é comprar por achar lindo, ou ter um modelo com decote quadrado e ter outro em V (oi:?)
Pois bem, me deparo com essa da TV, aqui em casa, na sala ainda há uma TV de tubo que já tem mais de 10 anos e funciona perfeitamente graças ao advento do cabo, concluimos que não precisávamos de uma nova, o mesmo valeu para o espremedor de laranja e batedeira...
Quanto as roupas, caí num choque de costumes gigante quando fui almoçar no shopping da cidade que vamos nos mudar - gente, ali o povo anda de bermuda e chinelo e tá tudo certo, só em SP existe essa 'necessidade' de se montar pra ir ao shopping, eu me senti completamente deslocada com uma camisa vermelha e um legging simples - mas o conjunto da obra ficou muito chamativo.
O que recaí na mesmissima conversa que tive com a Fefa - ela sendo carioca, ao vir pra SP notou mesmo que aqui as pessoas andam mais arrumadas e que no Rio as pessoas se vestem com o que der na telha... fato!
Então ao longo dos anos, crendo nessa necesidade artificial de estar sempre montada, acumulei roupas que realmente não cabem no meu guarda roupa do quarto e tive que ocupar o guarda roupa do corredor, e se for ver bem, eu não consigo usar 2/3 daquilo.
Sendo asssim, acho que o universo me aprontou uma lição das boas: meu consumo de vestiário estava sobrecarregando o planeta! Pois além de tudo isso já relatado, mudarei para uma casa com 1/4 de espaço que tenho em relação a atual - ou seja, terei que rever cuidadosamente o que realmente é necessário e me desfazer do excedente.
Não seria mais facil ser minimalista desde sempre? Desde cosméticos até as roupas? Mas ser humano geralmente aprende com uma dura na vida, e eu não sou diferente, pelo menos aprendi e realmente estou adorando esse novo desafio, ser minimalista!
Caso você esteja dentro dessas duas esferas de consumo do universo feminino, que tal parar pra pensar? O planeta agradece!